Itália decreta estado de emergência por 12 meses em Gênova e cria fundo de € 5 mi para cidade
Desmoronamento de ponte na terça-feira deixou quase 40 mortos e mais de 600 desabrigados; Paris disse que há franceses entre os mortos
O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, decretou
nesta quarta-feira (15/08) estado de emergência por 12 meses em Gênova, onde o
desmoronamento de uma ponte deixou ao menos 39 mortos e 12 feridos. Além disso,
o governo criou um fundo de € 5 milhões para intervenções urgentes na
cidade.
A medida foi anunciada na prefeitura da cidade depois do
término de um conselho de ministros extraordinário, o qual reuniu o do
Interior, Matteo Salvini, o de Desenvolvimento Econômico, Luigi Di Maio, e o de
Infraestrutura, Danilo Toninelli. Conte também determinou um dia de luto
nacional, que "coincidirá com o dia da cerimônia fúnebre das
vítimas".
O acidente ocorreu na terça (14/08), na ponte Morandi, na região oeste da cidade. Há ao menos 632 desabrigados, já que, ao todo, 311 famílias tiveram que abandonar suas casas por riscos na infraestrutura e novos desabamentos. Essas pessoas vivem em imóveis próximos à ponte.
Desabamento de ponte deixou cerca de 40 mortos em Gênova, na Itália (Wikimedia Commons)
Vítimas
As autoridades italianas já identificaram a maioria dos corpos, restando apenas cinco a passarem por identificação.
Alguns dos nomes também foram revelados: Vincenzo Licata, de 58 anos, nascido em Agrigento; Andrea Cerulli, de 48 anos, de Gênova; Gianluca Arpini, de 29 anos, de Gênova; Alberto Fanfani, e 32 anos, nascido em Florença; e uma família inteira de Campomorone: Roberto Robiano, de 44 ano, Ersilia Piccinino, de 41 anos, e o filho Samuele, de 9 anos.
O governo da França, por sua vez, confirmou que há três franceses entre os mortos.
"O Ministério das Relações Exteriores da França dolorosamente confirma a presença de três franceses entre as vítimas da catástrofe de Gênova", disse um comunicado divulgado nesta quarta-feira.
(*) Com Ansa